O preconceito deu as caras na Copa Libertadores da América nesta quarta-feira. O alvo foi o volante Tinga, do Cruzeiro. A cada toque na bola do brasileiro, que entrou no segundo tempo da derrota por 2 a 1 do Cruzeiro, a torcida do Real Garcilaso, do Peru, imitava o som emitido pelos macacos.
— Fico muito chateado. Joguei quatro anos na Alemanha e nunca passei por isso. Agora acontece em um país parecido com o nosso, cheio de mistura. Trocaria um título pela igualdade entre raças e classes e respeito — lamentou Tinga, em entrevista à Rádio Globo.
O jogador ainda relatou que demorou a identificar que o que estava ocorrendo na arquibancada do Estádio Huancayo era uma manifestação racista.
— No começo, achei que era por ser a Libertadores. Depois vi que era racismo - completou.
O diretor de futebol do Cruzeiro, Alexandre Mattos, condenou as ações da torcida peruana:
— O que fizeram com o Tinga, eles são um bando de covarde e babaca. O Tinga é homem, passa por cima dessas coisas. Foi um retrocesso da humanidade, pensar pequeno, num lugar pequeno, que não devia nem existir no futebol — disparou.
Foto: Divulgação
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