segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Cruzeiro vence o Grêmio, tem título adiado, mas time dá volta olímpica


O domingo parecia ter sido desenhado para o cruzeirense. Céu azul, rostos azuis, cabelos azuis, camisas azuis que fizeram correr mais forte o sangue azul e pulsar mais rápido os corações azuis de milhões de pessoas. Belo Horizonte amanheceu eufórica. Buzinas e fogos de artifício ecoavam. Só se esqueceram de convidar o Atlético-PR para a festa. O Cruzeiro venceu o Grêmio por 3 a 0, porém o Furacão bateu o São Paulo pelo mesmo placar e adiou a oficialização do tricampeonato. Mas não adiou a festa. Deixou a Raposa 99,99...% campeã. Futebol não é matemática, números não têm emoção e não compreendem a energia trocada entre torcedores e jogadores no Mineirão. Eles sabiam que era a única chance de sacramentar o título em casa, já que os próximos três jogos serão longe: Salvador, Uberlândia e Rio de Janeiro.

Por isso, deram de ombros para o resultado de Curitiba e festejaram como se o time já fosse tri, com direito à volta olímpica e taça (uma réplica feita pela torcida, mas, ainda assim, uma taça). Atletas abanando as camisas ao som do povo, numa despedida épica de um campeonato que alguns chamaram de “sem graça”. Só se for para os rivais.

Como se esses jogadores, em quem pouco se apostava no início do campeonato, já estivessem na galeria de heróis ao lado de Tostão, Alex e companhia. Basta à Raposa vencer o Vitória, na próxima quarta-feira, às 21h50m, no Barradão. Se empatar ou perder, só não levanta a taça se o Atlético-PR derrotar o Criciúma, fora de casa, também na quarta, às 21h.

Se os atletas são obrigados a esperar para gritarem “é campeão” sem nenhum pudor, a torcida fez isso desde a chegada do ônibus do time ao Mineirão, em meio a um mar evidentemente azul. O povo riu à toa, bateu palmas para ex-jogadores como Sorín, Ricardinho e até Dida, que defendeu o rival Grêmio. Mesmo assim, foi ovacionado.

- A torcida merece, está de parabéns. Temos 99% de chances de sermos campeões. É extraordinário. Ganhamos de todas as equipes, respeitando todas as equipes. Vamos fazer de tudo para sermos campeões no próximo jogo - afirmou o atacante Ricardo Goulart, autor do terceiro gol.

Assim como outro goleiro. Fábio parou o Tricolor Gaúcho no segundo tempo. Garantiu a grande vitória, que teve o dedo de Marcelo Oliveira e os talentosos pés de jogadores que se encaixaram num quebra-cabeça quase perfeito.

- Não jogamos mal. Criamos, mas o Fábio esteve muito bem. Tentamos de tudo, mas paramos no Fábio. O pior seria se não tivéssemos criado - disse o técnico gremista, Renato Gaúcho.

O Grêmio, que só disputou 45 minutos em bom nível, vê a vaga na Libertadores cada vez mais ameaçada por Goiás e Vitória. Na quarta, os gaúchos vão enfrentar o Vasco em Porto Alegre.


Foto:Marcos Ribolli

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