quarta-feira, 17 de abril de 2013

Madonna é acusada de fazer shows ilegalmente na Rússia


Um deputado russo, autor de uma polêmica lei "anti-gays" em São Petersburgo, acusou na terça-feira (15) a cantora americana Madonna de ter trabalhado ilegalmente durante dois shows que fez na Rússia em 2012, durante os quais defendeu os homossexuais e as Pussy Riot.

— Em agosto de 2012, o tipo de visto de Madonna permitia a ela realizar atividades humanitárias e culturais, mas não comerciais —, declarou à AFP Vitali Milonov, deputado local do partido governante Rússia Unidade.

— Trata-se de um visto de três meses a título de intercâmbios culturais, ou seja, um visto que não permite trabalhar ou ganhar dinheiro na Rússia — explicou o deputado.

— No entanto, Madonna fez dois shows, um em São Petersburgo e outro em Moscou em agosto, nos quais ganhou milhões — afirmou Milonov.

Durante estes shows, a estrela do pop defendeu a causa gay e deu seu apoio às três cantoras punk do grupo Pussy Riot, condenadas por terem criticado o presidente Vladimir Putin.

Organizações ultranacionalistas russas apresentaram uma demanda perante um tribunal de São Petersburgo exigindo da cantora 333 milhões de rublos (8,5 milhões de euros) por perdas e danos, mas a ação foi rejeitada. Uma lei adotada em fevereiro de 2012 em São Petersburgo por iniciativa de Milonov castiga nesta região qualquer ato público que promova a homossexualidade e a pedofilia, um texto denunciado pelos defensores das liberdades.

Foto: Divulgação

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